Gent, Bélgica
Gent, Bélgica: uma cidade medieval surpreendente e cheia de vida
Sabe aquelas cidades que a gente descobre quase por acaso, mas que acabam virando um dos pontos altos da viagem? Pois é, foi exatamente isso que aconteceu comigo em Gent, ou Gent, como se escreve em flamengo. Muita gente nunca ouviu falar dela — e, sinceramente, isso só torna a experiência ainda mais especial. Porque Gent não é o tipo de lugar que aparece nos roteiros óbvios, e talvez por isso seja tão marcante.
Antes de chegar lá, eu já tinha passado por Bruges e Bruxelas, que são lindas, claro. Mas foi em Gent que senti algo diferente, uma mistura de passado e presente que pulsa nas ruas, nos canais, na arte e, principalmente, na vibe jovem e autêntica da cidade.
Por que Gent me surpreendeu tanto?
A primeira coisa que me chamou a atenção é que Gent não é silenciosa nem parada no tempo, como a gente costuma imaginar quando pensa em cidades medievais. Muito pelo contrário! Assim que cheguei, percebi que estava diante de uma cidade viva, com uma energia moderna, apesar de estar cercada por construções que contam séculos de história.
Gent fica na região de Flandres, no norte da Bélgica, e muitas vezes passa despercebida entre nomes mais famosos como Bruges, Bruxelas e Antuérpia. Só que quem resolve incluí-la no roteiro, como eu fiz, acaba descobrindo um tesouro escondido. E o melhor: sem multidões esmagadoras de turistas.
O que encontrei em Gent?
Ao caminhar pelas ruas, percebi logo que Gent tem um centro histórico muito bem preservado. E não é só fachada: lá está um castelo de verdade, com muralhas, torres e até masmorras! Ao mesmo tempo, a cidade tem uma pegada alternativa superforte, com muitos bares, cafés, eventos culturais, festivais e uma vida noturna bem animada.
Durante meu passeio, me encantei com a arte de rua, com as feirinhas espalhadas pelos bairros e com a maneira como o passado medieval e o presente contemporâneo convivem em perfeita harmonia. Gent me ganhou porque tem autenticidade de sobra — e isso faz toda a diferença.
Roteiro de viagem por Gent.
Se tem uma coisa que recomendo fortemente é se perder pelas ruas do centro histórico. Foi exatamente isso que fiz: caminhei sem pressa, observando os prédios antigos, atravessando pontes e parando em cafés charmosos às margens do rio Leie. Tudo acontece nessa região central, e é ali que Gent revela toda a sua beleza.
Torre Belfort: vista panorâmica imperdível
Minha primeira parada foi na Torre Belfort, ou Belfort van Gent. Com seus 91 metros de altura, essa torre medieval oferece uma das vistas mais bonitas da cidade. Subi até o topo — e, olha, subir aquelas escadas é quase um ritual obrigatório para quem visita Gent.
Lá de cima, me deparei com uma vista espetacular: a cidade inteira se espalhava sob meus olhos, com seus telhados pontudos, torres góticas, canais sinuosos e ruas de pedra. Fiquei um bom tempo lá só observando, respirando aquele ar leve que só uma cidade equilibrada entre história e modernidade consegue ter.
Catedral de São Bavão: arte e espiritualidade
Logo depois, fui até a Catedral de São Bavão (Sint-Baafskathedraal), que é impressionante por fora, mas ainda mais incrível por dentro. Ela é linda, imponente, cheia de detalhes góticos que chamam a atenção. No entanto, o grande destaque da visita é a obra “A Adoração do Cordeiro Místico”, dos irmãos Van Eyck.
Essa pintura é considerada uma das mais importantes da arte ocidental, e ver ao vivo foi emocionante. Para quem gosta de arte (ou mesmo para quem não entende muito), vale a pena reservar um tempinho só para essa experiência. É algo que realmente marca.
Caminhada pelas ruas Graslei e Korenlei
Continuando o passeio, segui pelas margens do rio Leie, nas ruas Graslei e Korenlei. É um dos trechos mais bonitos de Gent. Os prédios históricos se refletem nas águas calmas do rio, e os barcos passam devagar, criando aquele cenário perfeito para fotos — e também para momentos de pura contemplação.
Sentei em um dos bares que ficam ali e fiquei observando a vida passar. Inclusive, naquele dia, estava acontecendo uma “parada” de barcos iluminados. Foi uma surpresa super agradável e trouxe ainda mais charme ao fim da tarde.
Castelo dos Condes: uma viagem no tempo
Mais adiante, fui visitar o Castelo dos Condes, ou Gravensteen, e essa foi uma das partes mais impactantes do meu dia. O castelo parece saído diretamente de um filme medieval: tem muralhas de pedra, torres imponentes, vista para o rio e até salas de tortura (sim, é um pouco sombrio, mas muito interessante do ponto de vista histórico).
O Gravensteen foi construído no século XII e está super bem conservado. Caminhar por seus corredores é como fazer uma verdadeira viagem no tempo. Senti como se estivesse vivendo uma pequena aventura medieval — o que tornou a visita ainda mais inesquecível.
Um dia foi pouco — e já quero voltar
Embora eu tenha aproveitado ao máximo o meu dia em Gent, saí de lá com a sensação de que dois ou até três dias fariam ainda mais justiça à cidade. Há tanta coisa para ver, sentir e experimentar que um bate-volta não dá conta de tudo. Gent tem história, cultura, arte, gastronomia e vida — e tudo isso merece ser vivido com calma.
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Gent: um segredo que vale a pena revelar
No fim das contas, Gent foi uma das maiores surpresas da minha viagem pela Bélgica. E, sinceramente, se você tiver tempo no seu roteiro, inclua essa cidade. Mesmo que seja só por curiosidade. Aposto que, assim como eu, você vai se apaixonar pelo jeito único com que Gent mistura passado e presente.
Se puder, vá sem pressa. Caminhe pelas margens do Leie, suba na torre, entre no castelo, pare num bar local, observe os barcos iluminados. Porque é assim, nesses pequenos detalhes, que Gent mostra seu verdadeiro encanto.